XXXII.
há de noite. uma voz que diz. em segredo o teu nome. e com ela. este deus maldito. que fez. e desfez o meu coração. consegue encontrar o lugar certo. de todas as coisas.
em tudo. eu. sou. um trapo. a ensopar a água da chuva. a escorrer vento. a apagar-te. do horizonte. e de tudo o que fiz. nada consegui fazer. sem ti. nem deus. nem. sombra do que me deste. ou foste.
e no silêncio. marcado no compasso que o dia. toma. de si. para. com este corpo ausente. já nada se ouve. ja nada se faz. todo o caminho é feito sem se ver. na luz encardida da escuridão. no teu braço estendido até mim. até onde as minhas mãos ainda guardam. a tua memória. em cada tendão.
em qualquer lugar.
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