terça-feira, 29 de março de 2016

XVI.

mudo. transparente. a queimar estrelas durante o sossego da noite. atrasado. e nunca adiantado. o pouco. de mim. já ruiu. sou o dedo sobre a folha. de papel. a ler. o relevo. de cada palavra. que esmago. e sei. que nunca voltarei. ao lugar. onde tudo começou. 

se me quiseres. não estarei. aqui. não sou de lugar algum. nem de nada. nem de ninguém. nem de mim. sou. 

vou atrás. das folhas das árvores. quando o vento murcha. as flores. que tento não pisar. e tenho o estranho hábito. de abraçar as pessoas. quando dormem. para depois. fechar todas as janelas. e abalar. escondido.

este céu. triste. tem todas as cores. da invisibilidade. que permanece. danada. 






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